O VirtualBox, é uma poderosa ferramenta de virtualização OpenSource. Atualmente é distribuída gratuitamente pela Sun Microsystems.
O VirtualBox suporta virtualização de Sistemas operacionais de 32 e 64 bits e processadores Intel e AMD.
Abaixo, você tem uma visão geral de todas plataformas/sistemas opercionais, em que você pode utilizar o VirtualBox.
- Windows
- Windows XP
- Windows Server 2003
- Windows Vista (32-bit and 64-bit)
- Apple Mac OS X hosts (Intel hardware only, all versions of Mac OS X supported)
- Linux (32-bit and 64-bit)
- Debian GNU/Linux 3.1 (“sarge”), 4.0 (“etch”) e 5.0 (“lenny”)
- Fedora Core 4 à 9
- Gentoo Linux
- Redhat Enterprise Linux 3, 4 e 5
- SUSE Linux 9 e 10, openSUSE 10.1, 10.2, 10.3 e 11
- Ubuntu 6.06 (“Dapper Drake”), 6.10 (“Edgy Eft”), 7.04 (“Feisty Fawn”), 7.10 (“Gutsy Gibbon”), 8.04 (“Hardy Heron”)
- Mandriva 2007.1 e 2008.0
- Além, dessas distribuições, também é possível utilizar o VirtualBox em sistemas com kernel 2.4 ou 2.6, porém a instalação deve ser realizda maualmente (esse é o caso da instalação abaixo, que será realizada em uma máquina com Slackware 12.1).
- Solaris hosts (32-bit e 64-bit):
- OpenSolaris (2008.05 ou superior, “Nevada” build 86 ou superior)
- Solaris 10 (ou superior, suporte experimental)
Abaixo, ressalto algumas características sobre o VirtualBox.
- Não necessita de processador específico para a virtualizção, como por exemplo Intel VT-x ou AMD-V.
- Fácil portbilidade, pois é possível utilizar o VirtualBox em diversos sistemas operacionais, como mencionado anteriormente.
- Guest Additions é um conjunto de ferramentas que melhora a performance e provê integração e comunicação com a máquina hospedeira. Essas integrações incluem a possibilidade de compartilhar uma pasta entre a máquina hospedeira com a máquina virtual.
- Toda a configuração de uma máquina virtual, é armazenada em um arquivo XML, o que facilita a sua leitura e portabilidade.
- Suporte completo a ACPI
- Suporte a APIC I/O
- Suporte a dispositivos USB’s
- Acesso remoto para a máquina hospedeira através do protocolo VRDP (Protocolo Remoto de Desktop VirtualBox).
O que é possível Virtualizar com o VirtualBox?
A resposta para essa pergunta é simples: muitos sistemas operacionais, os mais utilizados no mundo podem ser virtualizados. Veja alguns exemplos:
- Windows NT 4.0
- Windows 2000 / XP / Server 2003 / Vista
- DOS / Windows 3.x / 95 / 98 / ME
- Linux 2.4
- Linux 2.6
- Solaris 10, OpenSolaris
- FreeBSD
- OpenBSD
- OS/2 Warp 4.5
Bom, vamos deixar a “proza” de lado e vamos para a parte mais interessante: Colocando a mão na massa.
Como já foi dito anteriormente, os passos a seguir para a instalação do VirtualBox, foram realizados em uma máquina com Sistema Operacional Linux. Distribuição utilizada: Slackware :-). Caso você queira instalar o VirtualBox em uma máquina Windows, acesse o site oficial e baixa a versão específica para a plataforma. Essa instalação é muito Simples: NNF (Next, Next, Finished).
A primeira etapa, é muito simples, consiste em efetuar o download do VirtualBox. Isso pode ser realizado através do site oficial. No momento em que este artigo estava sendo escrito a versão utilizada para a instalação do VirtualBox foi a versão: 2.0.2.
Instalação
Para efetuar o download escolha versão do Sistema Hospedeiro, nesse caso você baixará algo semelhante à VirtualBox-2.0.2-36488-Linux_x86.run.
Dica: para efetuar o download, clique com o botão direito do mouse e selecione salvar link como.
Após efetuar o download, é necessário alterar as permissões do arquivo para que seja possível executá-lo, isso pode ser feito através do comando a seguir.
# chmod +x VirtualBox-2.0.2-36488-Linux_x86.run
Agora que o arquivo já possui permissão de execução, vamos iniciar a instalação com o comando:
# ./VirtualBox-2.0.2-36488-Linux_x86.run
As seguintes mensagens serão exibidas:
Verifying archive integrity... All good. Uncompressing VirtualBox for Linux installation........ VirtualBox Version 2.0.2 (2008-09-12T13:39:17Z) installer Installing VirtualBox to /opt/VirtualBox-2.0.2 Building the VirtualBox kernel module VirtualBox has been installed successfully. You will find useful information about using VirtualBox in the user manual /opt/VirtualBox-2.0.2/UserManual.pdf and in the user FAQ http://www.virtualbox.org/wiki/User_FAQ We hope that you enjoy using VirtualBox.
Pronto a instalação está pré-concluída!
Durante a instalação é criado o grupo vboxusers. Para que seja possível iniciar o VirtualBox com um usuário comum, é necessário que este esteja pertença ao grupo vboxusers. Para incluir um usuário nesse grupo, usamos o seguinte comando:
#gpasswd -a brusso vboxusers Adding user brusso to group vboxusers
Utlização
Pronto! agora basta acessar o ambiente gráfico e executar o comando:
$VirtualBox
Se você utiliza o ambiente gráfico KDE ou XFCE, você pode facilmente iniciar o VirtualBox através do menu: system.
Para cada usuário é necessário realizar a primeira “configuração”. A primeira imagem exibida é a tela com os termos da Licença.
Para aceitar clique em I Agree.
A próxima tela você informa um nome de usuário e um E-mail:
Feito isso, o VirtualBox está pronto para ser utilizado.
Caso ache interessante, você pode mudar o idioma para o idioma de sua preferência. Isso pode ser realizado através do menu File –> Preferences Escolhendo a opção Language.
Agora que o VirtualBox está instalado, é possível definir algumas preferências, como por exemplo o local onde será armazenada as informações sobre as máquinas virtuais e sobre o local onde serão armazanados os discos de cada máquina.
Essas alterações são realizadas no menu File –> Preferences na opção GENERAL.
As duas primeiras opções (VDI files e Machines) são, respectivamente, o local onde serão armazenados os discos, utilizados pelas máquinas virtuais e o local onde serão salvos os arquivos com as informações das máquinas.
O padrão para o armazenamento é a criação de um diretório oculto chamado VirtualBox.
Antes de criar uma máquina virtual, podemos criar os discos, que serão utilizados por cada máquina, para isso o VirtualBox, possui um aplicativo chamado Gerenciador de Discos, que facilita esse trabalho para você. Esse utilitário pode ser acessado através do menu File –> Virtual Disk Manager
Para criar um novo disco, clique em NEW, será carregado um assistente que o ajudrá nessa tarefa.
Existem dois tipos de discos:
- Disco Dinâmico – O disco dinâmico funciona da seguinte maneira: é criado um arquivo, onde o tamanho máximo que esse arquivo pode chegar é o tamanho que você definiu. Suponha que você definiu que o disco terá 20Gb de capacidade, será criado um arquivo VDI que poderá ter até 20Gb. Inicialmente esse disco ficará com o tamanho ocupado pelo sistema operacional instalado.
- Disco Fixo – Já o disco fixo, quando escolhido cria um arquivo VDI do tamanho definido, se você escolher 20Gb será criado um arquivo inicial com 20Gb.
Escolha a opção que melhor atenda as suas necesidades e então clique em NEXT
Em seguida defina um nome para o arquivo e o seu tamanho.
Confira as opções na próxima tela e então clique em Finish
Veja que irá aparecer um disco no Gerenciador de discos virtuais
Nesse caso criei um disco de 10GB Dinâmico, veja que o tamanho inicial do arquivo é de apenas 40Kb.
Agora, vamos criar a máquina virtual. Eu vou fazer a instalação básica de uma máquina com Slackware.
Criando a primeira máquina Virtual
Com o VirtualBox instalado e configurado, vamos criar nossa primeira Máquina Virtual. Para isso iremos utilizar o disco criado anteriormente, para realizar a instalação do Slackware 12.1.
Para criar a máquina virtual, selecione a opção Novo no menu Máquinas –> Novo. Será carregado o assitente de criação de máquinas virtuais.
Clique em próximo, informe o nome da máquina e o tipo do sistema Operacional que esse máquina terá.
Caso a sua distribuição Linux, não apareça na opção Tipo de sistema, selecione a versão do kernel que ele possui. Esse é o caso do Slackware, onde devemos selecionar a opção Linux 2.6.
Clique em próximo, e então defina o tamanho de memória que essa máquina virtual poderá utilizar. Tenha bom senso para fazer essa escolha!
Clique em próximo, e então escolha o disco que essa máquina virtual irá utilizar. Como, já haviamos criado um disco, anteriormente, vamos utilizá-lo. Caso não tenha definido o disco, você poderá criá-lo aqui, igualmente explicado anteriormente.
Clique em próximo, confira as informações de suas máquina virtual e em seguida clique em Finalizar.
Veja, que na tela principal do VirtualBox é apresentada a sua máquina.
Após, criar a máquina é possível alterar algumas opções, como por exemplo a memória, dispositivos de boot, parâmetros de placa de rede, etc..etc..
Para alterar essas configurações, selecione a máquna virtual e clique no botão Configurações.
Repara que nessa tela existem várias opções:
- Geral
- Discos Rígidos
- CD/DVD-com
- Disquete
- Áudio
- Rede
- Portas Seriais
- USB
- Pastas COmpartilhadas
- Tela Remota
Configurando a Máquina Virtual
- Geral
- Básico – define opções de memória principal e memória de vídeo, além de poer alterar o nome da máquina e o tipo do Sistema Operacional.
- Avançado – Determina a ordem de boot na inicialização da máquina virtual. Além, disso permite configurar as opções da área de transferência, tipo da controladora e a pasta padrão para armazenar os Snapshots.
- Descrição – permite inserir algum comentário para a máquina.
- Outros – opções referentes a mídias utilizadas pela máquina virtual.
- Discos Rígidos – exibe as informaçes sobre os discos utilizados pela máquina virtual. CAso necessite, é possível acrescentar ou elimiar discos para a máquina.
- CD/DVD-ROM – aqui, você pode especificar qual será o drive de CD/DVD que a máquina irá utiliar. Além disso, você também pode defnir um arquivo do tipo .ISO para ser utiliado como o CD/DVD.
- Disquete – permite configurar as opções que serão utilizadas para o disquete. (meio obsoleto hoje em dia).
- Áudio – Permite que você habilite o áudio da máquina virtual ou não.
- Rede – Nessa seção você pode trabalhar com até 4 placas de rede. E cada placa de rede pode ser configurada de 4 formas diferentes: Não conectado, NAT. Interface do hospedeiro e Rede Interna. Cada uma dessas opções necessitam de uma configuração espefícica, é um pouco complicado a sua explicação, por isso merece um outro artigo.
- Portas Seriais – permite que você configura até duas portas seriais, as famosas COM1 e COM2.
- USB – permite que você utilize as “entradas” de USB da máquina hospedeira para serem utilizadas na máquina virtual.
- Pastas Compartilhadas – permite que você compartilhe uma pasta na máquina hospedeira para ser utilizada na máquina virtual.
- Tela Remota – permite o acesso remota à tela da máquina virtual.
Após, realizar as configurações necessárias, selecione a máquina virtual e em seguida clique em Iniciar.
No meu caso, eu utilizri as seguinte opções: Na opção CD/DVD, informei o caminho do arquivo .ISO do CD número 1 do Slackware 2.1.
Será apresentada a tela inicial.
O Processo de instalação do Sistema Operacional é semelhante a uma instalção em uma máquina Física. Após a instalação, o boot da máquina pode ser realizado através da opção Iniciar.
Comentários, correções e elogios serão muito bem recebidos.
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